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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Entrevista da Ana Brenda para a edição de dezembro da revista Fernanda (traduzida)

Mas 





ENTREVISTA


“No próximo ano, eu gostaria de me sentir mais livre e mais levezinha”



Ninguém melhor que a belíssima e alegre Ana Brenda Contreras para ilustrar nossa última capa de 2015. A atriz de 28 anos que faz aniversário em 24 de dezembro e o comemorará como se deve com sua família em sua cidade natal Tamaulipas, nos fala de tudo o que tem aprendido durante esse ano, do que procura para o próximo e muitas coisas mais.

Me encantou conversar com ela, rimos muito e me deixou com uma sensação muito otimista. Realmente se percebe que Ana Brenda ama seu trabalho e me encanta saber que cada dia colhe mais êxitos!

Por isso, concordo com ela: Claro que a vida é bonita! Como exemplo, essa entrevista cheia de reflexões valiosas e mensagens positivas das quais todos podemos aprender.

Ana Brenda, como você está? O que tem feito agora que terminou a novela Lo Imperdonable?
Bem, estou muito contente! É engraçado, porque quando você termina um projeto tão extenso como uma novela, que dura nove ou dez meses, de repente, é como se te cuspissem ao mundo e não tem nem o que fazer com seu tempo livre. Você tem que de alguma maneira, se colocar em dia com seus médicos, suas dívidas, sua família, seus amigos, pois passaram muitas coisas em dez meses. Retomando minha vida normal, meus deveres, meus amigos, vendo e valorando a novos projetos, estou em tour com Mentiras El Musical, valorando a um projeto de teatro que provavelmente eu vá fazer, dois filmes e um projeto pessoal que tenho que desenvolver de trabalho social.

Trabalho social? Que legal! O que te motiva a formar parte de um projeto assim?
Quero ver o que eu posso fazer para ajudar. Sempre pensei que como figura publica você tem o dever e a responsabilidade de ajudar. Quando chega um ponto da sua carreira no qual tem aprendido tantas coisas – ainda que te falte muito por crescer- é o momento de devolver o que te tenham dado.


Esse ano o encerra como?
O encerro tranquila, sentindo-me mais madura que antes, com muito trabalho, ativa, feliz, com uma atitude super positiva e contente. Esperando que já chegue o dia 16, porque tenho vontade de que aconteçam coisas.



O que você quer conseguir no próximo ano, o que quer trabalhar em você?
Olha, eu não faço propósitos, assim como não faço dietas, sou incapaz de mantê-las. Me frustro comigo e tudo mal. Não faço propósitos como tal. Acho que, ainda que seja ano novo, primavera, inverno, sempre tem que tentar ser melhor. E eu não acho que isso seja acrescentar-te coisas, mas ir-se liberando delas. Este ano consegui liberar-me de muitas, como o medo ao que dirão, o medo de não preencher expectativas alheias, o medo a não cumprir certos estandartes que eu acho que esperam de mim. Estou muito contente e orgulhosa de mim: esse ano consegui me desprender de muitas bobeiras e me sinto muito mais leve.





Está muito legal isso de tirar-te coisas  ao invés de acrescenta-las...
Sim, quando você estuda atuação, o primeiro que te dizem é que um não vem aqui para aprender nem a colocar-se coisas, mas a tirar prejuízos, medos, ideias e voltar a ser a criança que foi um dia. O estado mais puro de um ator no palco é brincar, estar aqui e no agora plenamente. Isto acho que tem a ver tudo com a vida e com ser um melhor ser humano.

Justo nosso tema da capa desse mês fala de “mindfulness”. Como atriz, certeza de que vive plenamente o aqui e agora de uma maneira natural, certo?
Si o está fazendo de uma maneira pura, assim deve ser. Dar algo por feito é a morte do ator, e acredito também que do ser humano, do romance e de tudo. Há de estar sempre escutando, no momento, vendo aos olhos e se preparando porque, sempre tenho dito que, o teatro é acontece algo e tem que improvisar e estar no momento. A vida é um pouco assim: tem que estar presente no que t está acontecendo e se dar conta que a felicidade, a plenitude, a luz ou como cada quem o queira ver é como você decide ver o que está acontecendo ao seu redor. E isso só se cumpre estando presente no que te aconteça, todos os dias.

Como você o faz?
Te sou honesta. Faz dois anos se algo acontecia – eu tenho um caráter super  forte, sou nortenha- eu explodia. Quería resolver as coisas na hora. Agora não. Não acredito que as coisas sejam tão graves. E não é que tenha mudado, minha essência continua sendo a mesma, mas sim acredito que quando te acontece algo é o segundo consciente no qual se pergunta: o que eu faço? Fico louca? Ou respiro tranquila e vejo que não é tão grave? Porque realmente não é tão grave.

Sim, porque as coisas simplesmente são e nós lhes colocamos atributos e adjetivos, mas as coisas simplesmente são.
Alguém alguma vez me disse: “As sensações não são feitos” e eu nunca entendi essa frase. Me disseram quando eu estava muito jovem e conforme fui crescendo, lhe dei sentido. E é verdade. O feito de que você sinta que isso é o pior que te está passando na vida, e não é. Se tem que ser consciente disso e com base nisso, deixar ir um pouquinho.



O que você gostaria que as pessoas soubessem de você?
Muita gente acredita que eu sou mais séria do que eu sou, ou mais “apertada” (?)(ri).  E a verdade é que não, sou bastante relaxada. Também gostaria que saibam que sempre leio as redes sociais e respondo quando posso, mas sempre leio a todo mundo. Me encanta, me divirto e é algo que eu aprecio muito. De verdade eu gosto de   estar em contato com as pessoas que me seguem, porque eu acredito que o que um põe no mundo como artista, o que seja que faça, é energia que você está colocando aí e as pessoas a recebem. E quando se tem boa vibra, isso volta pra você. Sabe? Abundancia mil. (ri)
Não, é sério, agora que estou fazendo teatro, depois de cinco anos, pum! Me abriu o panorama de quando as pessoas vão te ver ao vivo; em televisão ou cinema, em realidade, não têm contato contigo, mas no teatro sim estão aí. E quando saio pela porta do ator e convivo com as pessoas, me encanta. É incrível ver os detalhes que sabem sobre minha vida e que eles têm comigo. Sabem qual é o meu escritor favorito e me levam o livro que não li ainda, sabem qual é meu doce favorito, minhas batatinhas, todas essas coisas. Isso é bem bonito e se agradece. O valoro muito e queria que soubessem.

Te pesa ser figura pública?
Não, me incomodam as pessoas que padecem do sucesso. Sim você é humano e tem, talvez, dez minutos em que não está no seu melhor dia, mas acho que em general, ao menos eu, já levo 14 anos trabalhando nisso para ser reconhecida, não famosa, reconhecida e que identifiquem o meu rosto com qualidade e meu trabalho, com algo que gostem. Não, não me pesa, ao contrário, como sei que não é por escândalos nem coisas ruins, mas pelo meu trabalho, não me pesa. Me encanta!

Qual papel você gostaria de fazer no próximo ano?
Algo de ação, mas feminino. Tem muitas coisas de ação onde o homem é o herói, e eu gostaria de fazer um projeto onde a mulher fosse o pivô, o fator que impulsiona. Gostaria de fazer algo histórico também, não sei qual personagem, mas algo de época.

O que você gostaria de dizer às leitoras de Fernanda?

Muito obrigada por um ano mais, por todo seu apoio. Desejo que passem essas festas em família, felizes. E que todas as bênçãos e coisas boas cheguem em seu lar. Lhes desejo que 2016 seja um grande ano!